Seu Cangira deixa a Gira girar: A Cabula capixaba e seus vestígios em Minas Gerais

Observação: Este texto é um artigo científico, publicado em 2017 no periódico acadêmico Revista Calundu, por Guilherme Nogueira (Tata Mub’Nzazi) e Nilo Nogueira (Tata Kis’ange).
O texto completo pode ser acessado e baixado em formato .pdf neste link.
A Revista Calundu, com este e outros textos, pode ser acessada neste link.

Buscamos promover com o presente artigo um resgate da Cabula, religião afro-capixaba, antiga – a primeira a ganhar nome próprio a partir dos heterogêneos Calundus coloniais – e de culto aparentemente descontinuado no Brasil hodierno. Assim, a partir de bibliografia especializada e de informações coletadas com um religioso iniciado na Cabula – o pai de santo capixaba Tateto Nepanji, buscamos descrever os principais aspectos de seu culto e crença. Em seguida, apresentamos alguns vestígios de práticas cabulistas ainda presentes em rituais angoleiros praticados em Minas Gerais, onde pai Nepanji se radica. Os vestígios da Cabula apontam ainda para a força e continuidade de uma linguagem ritual angoleira, que sobrevive no Brasil desde os tempos dos primeiros Calundus coloniais.